Ricardo Gomes
A vida é feita de alegrias.
Percebemos que muitas vezes somos tomados de assalto e nos vêem tristezas, decepções.
Posso dizer que mesmo em meio a tantas dificuldades consigo realizar a minha missão:
organizar na Diocese de Campos as atividades da Pastoral da Comunicação. E missão
que compartilho com o Pe. Maxiliano Barreto e agora com meu amigo, o jornalista
Antonio Filho. Uma missão que visa a Evangelização dos meios de comunicação e através
dos meios, num dialogo com a imprensa secular.
Conquistei o respeito tanto do
Pe. Maxiliano como de nosso Pastor, Dom Roberto Francisco, que está sempre
muito ligado às questões da comunicação diocesana. Começar foi uma tarefa árdua,
mas começamos. Hoje, atendendo a uma exortação de nosso bispo que certo dia me
falou que a nossa diocese é um celeiro de pautas para a imprensa secular
resolvi investir.
De modo que durante o ano de
2017, emplacamos com a publicação de praticamente com a divulgação de matérias
das mais variadas matizes e eventos, tanto com as atividades da diocese como de
algumas paróquias em suas festas. Foi muito bom e este ano, a meta é ampliar
esse trabalho. Já publicamos matérias de festas religiosas que acontecem neste mês
de janeiro. O importante é comunicar. E comunicar representa o dialogo inter
religioso e o dialogo com a cultura, destacando pessoas com seu trabalho, e a
sua contribuição a sociedade.
No entanto, para a realização
desse projeto de comunicação é importante a contribuição e a colaboração
efetiva dos agentes das equipes paroquiais da Pastoral da Comunicação, que
devem ser atentos a tudo que acontece tanto na esfera religiosa como nas
realidades do mundo da cultura. Esse processo envolve um diálogo com a cultura
em suas nuances locais. Fazer que a pessoa seja valorizada e com isso a
comunicação possa expandir os horizontes de uma igreja em saída que vá as
diversas periferias, tanto físicas como geográficas.
Essa atitude de um diálogo inter
cultural esta já de certa forma evidente nos documentos do magistério desde o
inovador decreto conciliar Inter Mirifica, que abre a igreja ao horizonte da
comunicação, ate o Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil e levando em
consideração os documentos dos Papas e das reflexões realizadas pelas Campanhas
da Fraternidade que nos exorta a uma Comunicação para a Verdade e a Paz.
Aprendi em minha experiência religiosa
na Congregação Salesiana a comunicar. Na Diocese de Campos tive um grande
mestre, Dom Carlos Alberto Navarro, um grande comunicador, e nos animava a
levar adiante, mesmo desprovidos de meios a desenvolver uma comunicação na produção
na antiga Tv Norte Fluminense. Todo o domingo acordava muito cedo para preparar
no estúdio para a celebração da Santa Missa em Seu Lar.
Uma equipe reduzida, mas era uma
alegria. Preparar o ambiente celebrativo, levar tudo desde o material para a
realização da missa transmitida para toda a região norte e noroeste. Essa
equipe preparava desde os folhetos, naquela época datilografados por Altivo, ai
tínhamos na equipe Marcelo Ramalho com a esposa Tânia, Altivo, Silvio e Maria
Helena, Gianino Sossai, Ana Lucia Monteiro, entre alguns. E na coordenação era
o hoje bispo Dom Fernando, redentorista que era carinhosamente de “padreco”. Nas
reuniões no Convento Redentorista uma alegria, uma festa.
Depois veio o salesiano Pe.
Pascoal Andreiolo, que nos animava. Daí ingressei na vida religiosa, seguindo o
chamado a ser filho de Dom Bosco. Fui para Minas, e lá fui fazer estagio
pastoral no Centro Salesiano de Videocomunnicação. Tanto aprendizado. De volta
a minha terra, já a anos passados recordo certa tarde a ligação de Dom Roberto,
me convocando a participar de um encontro de formação para a comunicação
realizado em Niterói na Casa de Retiros Atalaia. Desde esse ano, comecei minha epopéia
na comunicação diocesana. Com muita alegria hoje posso dizer que sou muito
realizado. E quero dedicar a essa missão eclesial: Comunicar para o diálogo e
comunicar o evangelho nos mais modernos meios midiaticos. E nesse propósito posso
afirmar sem medo. Se um dia plantei com algumas lágrimas, hoje a colheita é com
muita alegria e com a certeza se não cumpri minha missão, pelo menos estou
tentando.
Mas posso concluir com a certeza
de que avistei a estrela que indica um grande sinal de amoroso de Deus que
nasceu na gruta de Belém, viveu, morreu na Cruz para nos abrir um caminho que
aponta para uma grande luz que é Jesus, cujo nome tem de ser proclamado sobre
os telhados e hoje nos areópagos da modernidade e das novas técnicas da
comunicação num mundo de muitos Herodes que tentam matar a nossa fé,
disseminando contra valores que vão de contra a mensagem de Jesus, de amor, misericórdia
e de fraternidade, perdão. Afinal Deus é amor. E parafraseando São Francisco de
Assis, o amor tem de ser amado.
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