Ricardo Gomes *
Todo serviço médico público deve
ser pautado na ética e no respeito a dignidade humana. Tomando por avaliação a
fragilidade do paciente ao buscar atendimento numa unidade de saúde pública,
acarreta uma exigência de um atendimento humanizado e respeitoso por parte de
toda a equipe, envolvendo desde atendentes, enfermeiros e médicos. Qualquer
procedimento contrário pode demonstrar a cultura do descarte e desrespeito. Uma
prática que denota um desafio a saúde pública.
Os profissionais da saúde
precisam de uma preparação humana a fim de oferecerem um atendimento que ajude
a resolver as situações do paciente que bate as portas dessas unidades de
atendimento emergenciais e de urgência. Enquadramos todo o procedimento, desde
os mais simples aos mais complexos que surjam. Procedimentos simples. Podemos
por exemplo colocar a procura de um
paciente para a atualização de uma receita para que possa retirar nas farmácias
do Programa de Farmácia `Popular do Governo Federal.
Jamais um médico no plantão, considerando
que a prioridade seja o atendimento emergencial, já que tem a função de salvar
vidas, mediante um primeiro atendimento para após a avaliação do quadro clinico
realizar os procedimentos para o caso, ou simplesmente medicar e colocar em
repouso, e avaliando o quadro clinico proceder as necessidades. Mas nada impede
o médico de fazer a prescrição para facilitar ao paciente a retirada dos
medicamentos sem ônus.
O que não se pode admitir que
esse médico passe ao acadêmico o atendimento, já que não tem o registro no Conselho
de Medicina. Pior ainda é que o acadêmico além de fazer a atualização da
receita, use o carimbo do médico e assine. Denota um crime na esfera civil, que
ao assinar comete o crime de falsificação da assinatura do profissional. E
mediante toda a legislação civil ainda aconteça tais procedimentos em cidades
de pequeno e médio porte. Não quero oficializar uma denuncia formalizada, que
poderia ser feita ao Conselho Regional de Medicina, mas apenas como um alerta
as secretarias de saúde das cidades para terem um controle nessas práticas.
* Jornalista
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