terça-feira, 29 de agosto de 2017

Fragmentos de Arte Sacra

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Não se trata de um estudo sobre a arte sacra presente em algumas das Igrejas de Campos, mas fragmentos que ajudam a cotar histórias. Quem visita essas igrejas pode apreciar obras de grande valor artístico. Desvendar a origem é um pouco complicado. Nos quatro séculos de presença dos monges beneditinos em Campos e resgatando um pouco da obra dos religiosos

A Igreja de Santo Amaro, obra dos monges foi construída em etapas. E nesta igreja dois grandes tesouros da arte beneditina: a imagem primitiva que trouxe a região a devoção e a em madeira no altar desde 1789, obra do escultor seiscentista Frei Domingos da Conceição, de origem portuguesa e professo no Mosteiro do Rio de Janeiro. Do artista segundo Dom Clemente Silva Nigra foi autor das imagens de São Bento e Santa Escolástica esculpidas para a inauguração em 1641 da igreja abacial no Rio de Janeiro.
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“ Cronologicamente é a mais antiga das quatro imagens de madeira. Tem de altura 1,21m. Parece reprodução da imagem de São Bento, de Parnaíba feita em barro por Frei Agostinho da Piedade. Permaneceu no Rio de Janeiro em seu altar na igreja de São Bento do Rio de Janeiro, até 1789, foi substituída pela imagem que hoje ali se encontra, sendo então transferida para o arraial de Santo Amaro, hoje fim da linha férrea no Estado do Rio de Janeiro, onde goza de extraordinária devoção do povo.” Cf Silva NIgra.


Um breve extrato da biografia de Frei Domingos da Conceição. Ainda segundo Silva Nigra Frei Domingos da Conceição Silva antes de vestir o hábito monástico em 1690, se chamava Domingos Silva e tem sua vida e obra ligada ao Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro, e ficou conhecido por sua obra em escultura em madeira. Veio a falecer em 1718. Natural do Matosinhos, nasceu por volta de 1643, se tornando escultor aprendendo a arte com algum mestre português. 

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Com a imagem de Nossa Senhora Aparecida, Dom Milton concede benção no final da 62ª Festa do Peão de Barretos

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Este foi o terceiro ano consecutivo da entronização da imagem na arena de rodeios de Barretos
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Na noite do último dia da 62ª Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos, pelo terceiro ano consecutivo, o bispo diocesano de Barretos, Dom Milton Kenan Júnior, e o administrador da Quase Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Minibasílica), padre Davis Pedott, entronizaram a imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida na arena de rodeios do Parque do Peão.

Os católicos presentes nas arquibancadas ficaram de pé e em gesto de devoção retiraram seus chapéus e aclamaram a padroeira do Brasil com palmas motivados pelos versos do locutor de rodeis Cuiabano Lima.
Dom Milton falou aos presentes que neste ano, de maneira muito especial, comemoram-se os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora da Conceição no rio Paraíba do Sul.

“Essa imagem simboliza para nós a presença daquela que Jesus nos deu para ser a nossa Mãe. Ela está gravada no coração do peão. Ela está gravada no coração de todo católico brasileiro. Ela é para nós um testemunho de que nós brasileiros não somos órfãos. Nós temos Deus como Pai e temos a Mãe de Jesus como a nossa mãe”, enfatizou o bispo diocesano.

Depois invocou a bênção de Deus o público presente na arena, aos peões, a todos os que trabalharam no evento este ano e à Associação Os Independentes.

Fotos: Milton Figueiredo

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Leigos e Leigas na Igreja e no Mundo

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Pe. Marcos Sandrini SDB *
Há palavras que ficam marcadas no decorrer dos tempos. Umas são marcadas positivamente e outras, negativamente. Assim, na linguagem comum, leigo significa uma pessoa por fora do assunto ou ignorante. Isto tem sua explicação. Com o crescimento do clericalismo na Igreja, os leigos foram sendo colocados de lado e ignorados. Aos poucos vamos virando esta história.
O Concílio Vaticano II dedicou um documento inteiro justamente aos leigos. É o Apostolicam Actuositatem.  É nesta perspectiva que trato deste assunto.
·         O Batismo é o ponto de partida
O Batismo insere todos os cristãos na Igreja de Jesus. Santo Agostinho dizia que “convosco sou cristão e para vós sou bispo”. O ponto de partida é a igualdade fundamental, isto é, convosco sou cristão. Se há algo que nos diferencia é o serviço, a missão que cada cristão recebe, isto é, para vós sou bispo.
Assim, na Igreja de Jesus somos todos iguais. Não há menor e nem maior. Só há irmãos. Somos imagens e semelhança de Deus. As três pessoas divinas são iguais: o Pai, o Filho e o Espírito Santo participam da mesma igualdade embora sendo diferentes. As diferenças nunca significam desigualdade, mas a riqueza da igualdade e da fraternidade.
·         A tríplice missão dos leigos e leigas
Na Igreja, os leigos são todos os que se distinguem dos ministros ordenados: diáconos, sacerdotes e bispos. Distinguem-se dos ordenados por sua missão no mundo. Cada leigo exerce sua missão de três formas.
A primeira delas é em seu estado de vida. A maioria absoluta dos leigos, pelo sacramento do matrimônio, são esposos e esposas, filhos e filhas, irmãos e irmãs. A família a primeira missão dos leigos e leigas na Igreja. Cuidar da família é o primeiro apostolado leigo.
Depois, a presença no mundo. Cada um e cada uma tem uma profissão. É nesta profissão que se exerce a missão laical. Cada cristão assume sua profissionalidade e é nela que se santifica e exerce seu apostolado. O leigo é cristão enquanto médico, enquanto agricultor, enquanto bancário, enquanto professor, enquanto comerciante ou comerciário. Nenhum espaço fica sem a presença dos cristãos e cristãs. Os leigos são cristãos seculares, isto é, vivem na realidade do mundo e nela se santificam.
Finalmente, os cristãos leigos também são participantes da vida da comunidade eclesial. Dedicam um pouco de seu tempo para construí-la, sendo presença nas diversas pastorais eclesiais. Sem os leigos nenhuma pastoral tem possibilidade de avançar.
·         Espiritualidade dos leigos
Tudo isto é alimentado por uma espiritualidade intensa. Espiritualidade é tudo o que produz vida. A espiritualidade do leigo se alimenta na comunhão intensa com o Pai, o Filho e o Espírito Santo para ser presença transformadora no mundo. Onde houver um batizado, a Igreja está presente como fermento na massa, como transformação para melhor.
* Coordenador de Assuntos Comunitários da Faculdade Dom Bosco de Porto Alegre


sexta-feira, 11 de agosto de 2017

O tempo e a esperança

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Olhando os rios. A mesma água nunca voltará a passar pela mesma ponte. Para muitos fica a saudade, mas também a esperança de novas águas. E assim passa o tempo. Tempo e esperança que se encontram na foz de um rio que passa pelas cidades e se desfaz nas águas turbulentas do mar. Ai uma luta que se repete a cada dia, cada minuto, cada segundo. E ao chegar ao mar o encontro das águas num espetáculo de beleza.
Olhando as águas que correm recordamos de tantas vezes que revoltas nos trouxeram o pavor, mas quando vem a calmaria a beleza. Águas que carregam nas impurezas das cidades por onde passam recordam a nossa vida, muitas vezes carregadas de momentos de tristeza que nem sempre queremos recordar.

Um dia numa crônica de despedida carregava um momento dessas recordações. Águas carregadas de poluentes, mas não o poluente que com o tempo passa, mas a tristeza de recordar que um dia, era embalado de calmaria. Mas com o tempo se tornou em águas revoltas. Que triste ver que o ser humano é muitas vezes protagonista de tantas tristes recordações e que preferem ser água revolta a ser calmaria. E acabam matando esperanças, sonhos e projetos. Mas tudo passa na vida até a vida e não valeria perder tempo com essas recordações, mas que marcam... Marcas indeléveis, mas que nem o tempo e a esperança conseguem apagar...

Matriz de Italva vai receber vitrais sacros

Texto e Fotos
Ricardo Gomes

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Vista noturna da Matriz da Imaculada Conceição


Um dos cartões postais da cidade de Italva a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição esta investindo no Projeto de Turismo religioso com o objetivo de gerar divisas para o município.
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A Praça da Matriz é um lugar para um bate papo: amigos que recordam tempos bons e as histórias do local.


Localizada bem na chegada da cidade de Italva, a Igreja Matriz de Italva está investindo no turismo religioso. Aos domingos recebe visitantes de várias cidades do Estado do Rio de Janeiro e esta organizando uma campanha para a troca das janelas por vitrais sacros. Um projeto que visa dar além da beleza e um clima de espiritualidade a igreja matriz. Os vitrais retratarão momentos da vida de Nossa Senhora e a expectativa é de ser inaugurada a primeira fase na abertura da festa da padroeira.
Confiante na comunidade católica da cidade, Pe. Maxiliano Barreto já começou a preparar para dar inicio ao projeto que no lançamento já obteve aprovação da sociedade que abraçou o projeto. Segundo o padre um sonho que começa a se tornar realidade. No mês passado foi entregue os envelopes para a contribuição já visando o pagamento da primeira parcela a empresa contratada para a execução do trabalho.
- Nossa comunidade recebeu o desafio e já demonstrou que mesmo diante das dificuldades financeiras tudo para tornar a nossa igreja um lugar onde a beleza é a expressão da presença de Deus e nos levar a espiritualidade e a oração. Vamos já preparar para a execução deste projeto inovador. E vamos inaugurar na abertura do novenário da nossa padroeira, a Imaculada Conceição. - disse o padre.


Com mais esse projeto a comunidade católica destaca o trabalho realizado pelo Pe. Maxiliano Barreto em oito anos a frente da Paróquia Nossa Senhora da Conceição. O padre destaca as dificuldades, mas ressalta o compromisso dos católicos que abraçam todos os projetos já realizados desde a sua chegada a cidade. Uma das lutas foi a colocação de sistema de ar condicionado na igreja. E agora iniciando o projeto da instalação dos vitrais sacros.

- Desde a minha chegada a Italva foram muitos os desafios. E graças a Deus e ao apoio da sociedade conseguimos realizar todas as melhorias que eram mais urgentes, mas o meu sonho era a colocação dos vitrais sacros na igreja. Um sonho que vou realizar juntamente com a nossa a comunidade católica. Assim mais um projeto que iniciamos já com total apoio de todos. – conclui Padre Maxiliano.

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Feliz dia dos Pais: Noite de homenagens da Catequese São Francisco de Italva

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O cansaço nunca pode tirar a ternura, a amizade e o amor demonstrado por gestos sinceros de um pai que nunca se deixa abater no combate e a luta diária..

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Pais, sinais da ternura firme e misericordiosa de Deus
Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo  de Campos (RJ)

Neste domingo, 19º do tempo comum, à luz do Evangelho da barca que foi sacudida pela tempestade no mar de Tiberiades e a calmaria que se seguiu quando Jesus mostrou seu poder sobre o mar embravecido, comemoramos a vocação e a missão de ser pai. Como os apóstolos, os pais tomam conta da barca da família que enfrenta a hostilidade de ventos contrários e ondas que parecem ameaçar a pequena Igreja doméstica familiar. É compreensível sentirem medo, perplexidade e até dúvidas sobre a sua capacidade de superar tamanhos desafios. Porém, além das suas forças e potencialidades, os pais não podem renunciar ao poder da sua fé e à missão divina para a qual foram chamados.
À diferença de Pedro, que se deixou assustar pelo tamanho das ondas, perdendo o foco da visão do rosto de Cristo, os pais, no meio do furacão das crises, centrarão sua mente e coração na presença do Bom Pastor conduzindo o leme da família a quatro mãos com Ele. Assim, contando com a luz e a fortaleza da fé, tornar-se- ão líderes servidores e edificadores da comunidade familiar, testemunhando diante dos filhos a coragem e a responsabilidade de dar a vida pelo lar.
Com a força da ternura, da prudência enérgica e diálogo permanente, conseguirão, não sem esforço, trazer a calmaria da paz que o lar cristão oferece aos seus. É de destacar que o dom e a experiência da fé tem tudo a ver com o Pai das misericórdias, que desperta em nós a confiança que tem uma criança que está num muro alto e que se lança sem pestanhar aos braços do pai sabendo que este irá pegá-lo com carinho e
alegria. Ou, ainda, aquela historinha que nos apresenta um barquinho de pesca em alto mar, no meio de uma tempestade violenta, com os pescadores apavorados e uma criança tranquila brincando com um carrinho, quando perguntado se não tinha medo, ele respondeu sorrindo: Não, porque meu pai está no leme!. Que bom é ter um pai no leme da nossa família, com ele a paz começa em casa! Que o Pai dos céus abençoe, proteja e encoraje a nossos amados pais!
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AMOR DE PAI
Rosto cansado. Muitas vezes o herói quase cai no combate, mas mesmo assim basta o filho o receber com o abraço, um beijo carinhoso e o homem cansado ganha a força de um super herói, que neste momento volta a um tempo que se passou, mas na alma a criança ressurge para brincar, receber nos braços o pequeno herdeiro.
Assim é o amor de pai. Um amor que se renova a cada olhar de seus pequenos ou os mais crescidinhos, mas que para eles serão eternamente crianças...Amor que se renova e faz ressurgir a cada momento o herói, ou super herói que não usa armas ,mas o coração. Parabéns pais, heróis de nossas pequenos...


sábado, 5 de agosto de 2017

APARECIDA - 300 ANOS - AS CRÔNICAS DE UM PADRE

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Eu, padre Rafael Lugão, transferido para Nova Iguaçu em 2013, recebi uma proposta de amigos paroquianos desta mesma cidade, de irmos em bike romaria a Aparecida do Norte. Esse projeto se realizou apenas em agosto de 2015. Éramos nesta ocasião 4 ciclistas e fizemos o caminho mais direto passando pela Rodovia Pres. Dutra em três dias.
Até então não éramos um grupo oficial como o somos hoje, os Ciclo Romeiros. A oficialização se deu dia 31 de janeiro de 2016 numa ciclo romaria ao Santuário de Porto das Caixas em Itaboraí. Em julho deste mesmo ano, já éramos  11 ciclistas  que também realizaram o grande sonho de ir de bicicleta a Aparecida em Romaria.
Os Ciclo Romeiros já tem no currículo 8 bike romarias no total sem contar a primeira quando ainda nem se quer tínhamos a pretensão de criar um grupo oficial. Porém a mais bela ciclo romaria se deu em julho deste ano. Éramos 14 ciclistas de Nossa Senhora que pedalaram animosamente até o Santuário Nacional em três dias. Foi incrível! Passamos por belíssimas paisagens entre cidades históricas e fazendas antigas. Com a benção do Bispo diocesano, Dom Luciano Bergamin, saímos   de Nova Iguaçu cruzando o Estado de São Paulo pela antiga Rodovia dos Tropeiros por onde passaram abundantes riquezas das Minas Gerais até os portos do Rio de Janeiro nos idos dos séc XVIII.
Entre as belas cidades com seus casarios coloniais e igrejas antigas, se destaca Bananal-SP, que no apogeu do ciclo do café, se tornou a cidade mais rica do Brasil no séc XIX. E assim, os Ciclo Romeiros concluíram mais uma aventura pedalando no quarto e ultimo dia os 8 km restantes de Guaratinguetá a Aparecida.
Era um domingo esplendoroso com céu azul e clima agradável. Passamos diante da imagem da Padroeira do Brasil e fomos ao Porto de Itaguaçu para concluirmos a romaria com a Santa Missa. Haviam mais de 200 pessoas na capela do Porto para acolher os ciclistas e foi impossível conter as lágrimas das esposas e filhos ao se abraçarem entre as bicicletas.
A título de nota de roda pé, os ciclo romeiros são os únicos no Brasil que fazem suas ciclo viagens em grupo, sem carro de apoio e levam tudo que precisam em seus alforges traseiros. Nós nos notabilizamos por onde passamos por essa essencial característica sem a qual não se faz parte do grupo. "Mais que ciclistas, somos Ciclo Romeiros!


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sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Um olhar investigador

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Na sala de exposições alguns objetos das estações ferroviárias. Lanternas sinaleiros, uma réplica de um bonde, um telégrafo, máquinas de escrever, um troiler, e a frente um pequeno observador. Olhos atentos a tudo, nos lábios uma pergunta... Aos 9 anos de idade já gosta de música. Estuda e já é um pequeno musicista em seu teclado mágico onde arranca sons. Ao lado a avó, orgulhosa comenta: Este menino gosta de arte, a música é a sua diversão diária. Calado mas observador dispara perguntas.

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Ao se deparar com as lanternas sinaleiro pergunta... Para que serve? Nem tive tempo para pensar, mas como já conhecia um pouco falei: nos tempos antigos, a chegada de um trem exigia muito, nas estações não tinha luz e para isso usavam as lanternas maiores. Já as lanternas menores sinalizavam e ai surgia um personagem: o guarda chaves. Era um funcionário que virava a chave para o trem manobrar...hoje essa tarefa é feita por instrumentos instalados em pontos estratégicos...
Ai me vem a recordação de nosso antigo guarda chaves, ainda em Santo Amaro. Ao mesmo tempo meu pensamento voltava ao Rio e as experiências das estações ferroviárias...mas a viagem ao longo da história continua diante dos olhos  de nosso pequeno investigador.

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As peças começam a atrair a sua curiosidade. Uma pequena máquina de escrever. Dispara o nosso pequeno....Gostaria muito de ter uma dessas..e diante dos olhos curiosos um aparelho cheio de botões... Falei,,,isso é um telégrafo, usado nas estações para avisar a proximidade de um trem, já que o trem que estivesse parado seria levado a um desvio e lá a figura do guarda chaves....

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Ai esta o menino..pequeno investigador..por onde deve estar hoje? andando por entre peças, a curiosidade aguçada,,os olhos vivos, mas um coração puro e a despedida, num abraço uma palavra silenciada,,até breve, talvez te encontre um dia, os olhos de um pequeno investigador....


As peças começam a atrair a sua curiosidade. Uma pequena máquina de escrever. Dispara o nosso pequeno....Gostaria muito de ter uma dessas..e diante dos olhos curiosos um aparelho cheio de botões... Falei,,,isso é um telégrafo, usado nas estações para avisar a proximidade de um trem, já que o trem que estivesse parado seria levado a um desvio e lá a figura do guarda chaves....
A visita continua. Um tablado de madeira com alguns objetos e rodas de trem...ai falei nos tempos primitivos as ferrovias usavam aquele transporte para os empregados fazerem reparos, de pé empurravam sob os trilhos com hastes de ferro e o troiller deslizava nos trilhos, silencioso, lento, e com o tempo foi parar num museu...
Ai termino com um abraço no pequeno investigador e certamente nunca mais o verei, mas ao voltar ao museu recordarei daquele menino de 9 anos, curioso e querendo entender aquela viagem mágica ao tempo das locomotivas que movidas a lenha corriam sobre os trilhos transportando sonhos, alegrias e até mesmo produtos....Em Santo Amaro o sonho esta sendo pesadelo e a estação ainda teima a ficar de pé para contar as histórias...
Muitos já partiram ....Mas a história não deixa calar, mesmo por termos ainda muitos pequenos investigadores para ouvir nossas histórias...nossas pequenas histórias,,,,e o menino de 9 anos esta por ai, com olhos sedentos de conhecimentos, de histórias....Dedico a duas amigas, duas grandes amigas: Sylvia Paes e Marinéia....contadoras das histórias de gente que ainda anda por museus, praças e buscando ouvir a voz do tempo...tempo.....e tempo.....


quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Crônicas de uma vida

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Ricardo Gomes

Passos lentos. Os anos começam a pesar. No rosto as marcas do tempo e a alegria constante. Assim caminha Maria da Conceição Ramos. Uma guerreira que não se deixa abater nos seus quase 90 anos. Dona Conceição é uma mulher forte, que se alegra a cada dia com a chegada de milhares de amigos que a visitam em sua casinha em Santo Amaro.
Na sala o reconhecimento em forma de troféus que recebera nos anos de dedicação a Cavalhada de Santo Amaro. Nos braços a imagem do santo de sua devoção desde os tempos de sua juventude na terra Quissamã. Dos pais herdou a devoção ao seu querido Amaro Santo.
Contar um pouco de história de sua vida é um resgate de uma vida, um memorial que registra um pouco da trama na terra do coronel, coronéis e porque não dizer dos lobisomens que saem das histórias e estórias fantásticas para povoar o imaginário social de um povo que ressurge a cada dia das cinzas para renovar a sua saga. Uma saga de homens e mulheres que ao longo dos anos tombaram. Recordações de Manoel e Irineu Gonçalves, homens que lutavam por seu torrão natal. Um Ageu Macabú, proprietário rural e vereador. Ah de Ageu recordo aqueles que trabalhavam a terra. Irineu Miguel Inácio e seu filho Amaro, Seu Neném e o filho Nalito, e por ai temos um numero incontável de homens,,, heróis que morreram e nos deixaram a herança de dignidade.

Nestes dias a jovem senhora cuidava de seus filhos José Miguel e Rita de Cássia, mas de uma multidão incontável de meninos e meninas na escola Coronel Antônio Batista. Saudades desse tempo...a mulher que cuidava dessas gerações. Em tempo de dificuldades, mas tudo feito com muito carinho. E pr ai segue um pouco da vida, saga e legado de uma mulher forte, uma guerreira que não se deixa tombar com o peso da idade,,mas conservando a ternura e o olhar amoroso...

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quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Uma mulher guerreira

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A guerreira que nunca se deixa abater, no rosto a marca de naos vividos, no sorriso a alegria de ter doado sua vida em favor da terra que a recebeu desde os tempos de sua juventude. Nunca perdeu a ternura do afeto, do abraço, do maternal aconchego. Nunca perdeu a alegria..Passos lentos não demonstram cansaço, mas traduzem em amor, afeto, alegria de quem nunca perde a esperança....Mulher guerreira, Mulher que é sinal de um Deus amor...

Passos lentos, mas um coração repleto de amor....Dona Conceição, nós te amamos.....
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Nos braços e no coração seu Amaro santo, das recordações da terra natal, da devoção cultivada por seu pai na Quissamã de outrora de onde veio para nos brindar com essa presença amorosa,,,se tornou mãe de gerações, gerações que passaram pela nossa escola de infância....Nossa querida ,,,o amor de todos nós....