Campanha
da Fraternidade da CNBB – Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil propõe
reflexão sobre o caminho para a superação da violência.
Fraternidade
e Violência são duas palavras que vão acompanhar a reflexão dos católicos
durante o período da Quaresma, com a Campanha da Fraternidade que este ano tem
como tema Fraternidade e superação da violência. Em Campos a abertura será na
quarta feira de cinzas com a missa celebrada pelo Bispo de Campos, Dom Roberto
Francisco.
- A
violência está presente em vários seguimentos da sociedade. Seja na rua, dentro
de casa, pela condição social, pelo gênero, nos meios de comunicação e até na
intolerância das palavras. Toda violência exclui, toda violência mata. –
explicou o secretário geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner.
A
Campanha da Fraternidade tem como ponto chave a realização de debates e
estimular os católicos a realizarem ações concretas que expressem a conversão e
a reconciliação no espírito do tempo quaresmal. Mas convida a uma analise das
múltiplas formas de violência e propondo caminhos de superação a partir do
diálogo, da misericórdia e da justiça A valorização da família e da escola como
espaços de convivência fraterna, de educação para a paz e de testemunho do amor
e perdão.
No
âmbito comunitário e social a Campanha da Fraternidade vai propor a
identificação e reivindicação de políticas de superação da desigualdade social
e da violência. Isso por meio do estimulo às comunidades católicas e cristãs,
pastorais, associações religiosas e movimentos eclesiais quanto ao compromisso
com ações que levem à superação da violência. Serão valorizados os trabalhos de
direitos humanos, comissões de justiça e paz, conselhos paritários de direitos
e organizações da sociedade civil que trabalham
para a superação da violência.
A sociedade brasileira está envolvida em discussões
sobre a violência que perpassa seu dia-a-dia. Também a Igreja Católica no
Brasil está envolvida nesta discussão uma vez que escolheu como tema para a
Campanha da Fraternidade 2018: “Fraternidade e Superação da Violência”. Cada um
de nós é especialista em violência porque temos uma análise e uma solução para
apontar. Só que, na maioria das vezes, pecamos ao não nos afastarmos um pouco
de um clima emocional que toma conta deste tema e não fazemos uma análise
adequada. – destaca Pe Marcos Sandrini.
- Uma pessoa violenta não nasce assim. Há uma
violência estrutural que mata. Somos mais impressionados com um cadáver na rua
do que com uma lei injusta que gera muitas mortes. Assim, quando se faz uma
lei, pode-se produzir muita violência. Congelamento de salário dos
trabalhadores pode ser gerador de violência. O mesmo se diga da Previdência
Social. Cortar benefícios das pessoas pode causar muita violência e morte. –
destaca Pe. Marcos.
A violência se resolve com educação. Educar uma pessoa
custa tempo, dinheiro, paciência e, sobretudo, amor. Quem realmente segura a
paz nas comunidades são as pessoas que não desistem e acreditam na
possibilidade de convivência pacífica entre todos... Sem raízes poderosas não
há folhas bonitas e coloridas.
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