Aumento no numero de casos em Campos
preocupa autoridades e a Diocese de Campos esta promovendo debate em setembro.
O enfrentamento do problema da violência contra a
mulher é urgente, complexo e requer o envolvimento de toda a sociedade. É
opinião unânime que somente com informação, educação, denúncia e acolhimento
será possível implementar mudanças que garantam relações de verdadeira parceria
e o direito a uma vida plena. Em Campos o ultimo caso registrado no fim de
semana aumenta a estatística de casos de Feminicido e já preocupa a Diocese de
Campos vai promover no dia 9 de setembro às 19h no Auditório Padre Gabriel no
Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro com a Advogada e Socióloga Sana
Gimenes.
- É preciso
apoiar a mulher que sofre tal violência e também denunciar, quando for o caso.
Existe uma rede de atendimento à violência doméstica e familiar que vai desde a
delegacia especializada até os abrigos institucionais. É importante que esses
equipamentos sejam conhecidos pela população em geral. - destaca Sana Gimenes.
O evento terá a
participação da Universitária Sabrina Costa, Agente da Pastoral da Comunicação
e uma das defensoras de políticas publicas de segurança para coibir esse tipo
de crime. Para Sabrina a mulher sempre foi oprimida, tratada como inferior perante o
homem, desvalorizada e tratada como objeto de posse. A sociedade tem uma dívida
histórica com a mulher e o feminicídio é conseqüência dessa cultura patriarcal,
sendo o ponto máximo da violência contra a mulher. Os números e estatísticas
são cada vez mais alarmantes e mesmo assim existe quem diga que o Feminicido
não existe ou quem trate desse assunto com futilidade.
- É importante
debater e conscientizar a sociedade de que esses crimes existem e que é um
problema de todos e que pode ser evitado. O Feminicido começa no dia-a-dia,
sejam elas físicas verbais ou morais e acaba na morte da mulher. A sociedade
precisa se unir em defesa das mulheres, apóia-las, denuncias e exigir políticas
mais efetivas de combate a esse crime. A sociedade tem um papel importante
nessa luta. – pontua Sabrina.
A luta por justiça
inspirou a Farmacêutica Bioquímica Maria da Penha Maia Fernandes, vitima em
1983 de uma dupla tentativa de Feminicido cometida pelo então marido com quem
teve três filhas. Durante quase vinte anos Maria da Penha buscou na justiça,
tornando-se símbolo de toda mulher a uma vida sem violência e dando nome a Lei
11.340, sancionada em 2006 que cria mecanismos para prevenir e punir a
violência domestica e familiar contra a mulher.
- Em 2001 o Brasil
foi responsabilizado internacionalmente pela omissão e negligencia com o que se
tratava não só o meu caso, mas todos os casos de violência domestica contra a
mulher, e teve que atender uma serie de recomendações para mudar esse cenário
de impunidade. Costumo dizer que a lei que leva o meu nome veio para resgatar a
dignidade da mulher brasileira.- destaca Maria da Penha.
A jornalista Marisa Sanematsu, do Instituto
Patrícia Galvão destaca que qualquer mulher pode ser vitima de violência
domestica, não importa classe social, raça e etnia ou identidade sexual. Essa
violência pode atingir mulheres de todas as idades, especialmente na chamada
fase reprodutiva. A jornalista aponta que há seguimentos no pais, que, por
questões socioculturais e culturais, são mais vulneráveis a violência.Ela traça
um perfil do agressor
Nenhum comentário:
Postar um comentário